Cometa 3I/ATLAS pode estar ganhando brilho verde misterioso durante sua passagem
O cometa 3i/ATLAS ganhou um brilho esverdeado misterioso em sua passagem pelo Sistema Solar, e cientistas buscam entender a origem dessa cor rara.
CIÊNCIAMUNDO
9/18/20252 min read


Novas imagens do cometa 3I/ATLAS, capturadas durante o eclipse lunar total no início de setembro, chamaram a atenção da comunidade científica. O visitante interestelar parece estar adquirindo um tom verde brilhante, fenômeno que pode revelar pistas importantes sobre sua composição química e trajetória pelo Sistema Solar.
Um visitante de fora da vizinhança
Detectado em julho, o 3I/ATLAS tem cerca de 11 km de diâmetro e viaja a mais de 210 mil km/h. Diferente dos cometas que costumam cruzar a órbita da Terra, este objeto vem de muito mais longe: os astrônomos acreditam que ele tenha sido expulso de outro sistema estelar, carregando uma história que antecede até a formação do nosso próprio Sol.
No próximo mês, ele deve passar perto de Marte e, em 29 de outubro, atingirá seu ponto mais próximo do Sol. É nessa fase que sua atividade aumenta: o calor solar faz o gelo do núcleo sublimar, liberando gás e poeira que formam a característica cauda dos cometas.
O show na Lua de Sangue
Os astrofotógrafos Michael Jäger e Gerald Rhemann registraram o cometa durante a “lua de sangue” na Namíbia. A escuridão do eclipse total criou condições ideais para capturar detalhes inéditos, revelando uma inesperada tonalidade esmeralda.
Esse brilho incomum pode estar ligado à liberação de compostos químicos do núcleo conforme o cometa se aquece. Em geral, o dicarbono (C₂) é o responsável pelo tom verde observado em outros cometas, como o famoso C/2022 E3 (“cometa verde”) que passou perto da Terra em 2023.
O mistério da cor
Até agora, no entanto, análises espectroscópicas ainda não confirmaram a presença do dicarbono no 3I/ATLAS. Alguns cientistas levantam a hipótese de que a molécula esteja escondida sob camadas de gelo que só agora começam a se romper. Outros sugerem que a cor pode ser resultado de misturas inéditas de gases ou poeira, produzindo uma química rara ou até desconhecida.
Há também uma hipótese alternativa de um astrônomo de Harvard, sugere que a tonalidade verde pode ser causada por cianeto, detectado recentemente no cometa por observações do Very Large Telescope, no Chile.
O que vem pela frente
O enigma ainda está em aberto. Nas próximas semanas, novas observações devem confirmar se o brilho verde é real ou apenas uma impressão causada pelas condições de observação. Infelizmente, o cometa ficará temporariamente fora do alcance da Terra ao passar atrás do Sol, mas deve reaparecer em dezembro, pouco antes de sua maior aproximação, ainda assim, a cerca de 700 vezes a distância da Lua, invisível a olho nu.
Enquanto isso, o 3I/ATLAS segue sua viagem única pelo Sistema Solar. E cada registro feito pode nos oferecer uma rara oportunidade de observar, quase de perto, um fragmento da história de outros mundos.
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